Biópsia Hepática

A biópsia hepática é, na maioria das vezes, o teste mais específico para se avaliar a natureza e a gravidade da doença hepática. Existem várias formas de se o realizar uma biópsia do fígado:

  • Biópsia percutânea; guiada por ultrassonografia ou tomografia computadorizada
  • Biópsia transjugular
  • Biópsia laparoscópica

Cada um destes métodos apresenta vantagens e desvantagens.

O tamanho do fragmento hepático que é enviado para estudo patológico varia entre 1 e 3 cm de comprimento e 1.2 e 2 mm de diâmetro. Frequentemente, uma amostra de 1,5 cm é adequada para o diagnóstico. Este fragmento é colocado em um recipiente contendo formol, para mantê-lo preservado até ser examinado pelo patologista.

Biópsia Hepática Percutânea

Este tipo de biópsia hepática é o que é realizado com mais frequência. Pode ser realizada com sedação e anestesia local, durante internações hospitalares de curta duração (8-10 horas). Nestes casos lança-se mão da ultrassonografia para identificar a posição ideal para introdução da agulha de biópsia. Uma agulha é introduzida no interior do fígado para obtenção do fragmento para análise.

Logo após a biópsia, o paciente deverá permanecer em repouso no leito por 4 horas, período em que os seus sinais vitais (pressão arterial e freqüência cardíaca) serão medidos com maior freqüência. Seis horas após a biópsia, o paciente poderá ir para casa nas seguintes situações:

 

  • Se não houver nenhuma complicação imediata da biópsia
  • Caso não apresente dor que necessite de mais de uma dose de analgésico nas 4 primeiras horas após o procedimento
  • Se for possível retornar ao hospital em no máximo 30 minutos, caso apresente algum sintoma adverso.

Contraindicações

A biópsia percutânea é um procedimento seguro quando realizadas por médicos experientes. Existem situações em que este procedimento não deve ser realizado: 

  1. Paciente não cooperativo, muito obeso ou com líquido (ascite) na cavidade abdominal
  2. Pacientes com problemas na coagulação
  3. Suspeita de hemangioma ou outro tumor vascular
  4. Incapacidade de identificar um bom local para punção, seja por percussão ou ultrassom
  5. Pacientes com infecções ativas

Complicações

As complicações são raras, ocorrendo na maior parte dos casos nas primeiras duas horas após o procedimento, daí a necessidade de permanecer no hospital até 6 horas após a biópsia. Dor e hipotensão arterial (“pressão baixa”) são as complicações mais freqüentes. Sangramento para dentro da cavidade abdominal representa a complicação mais séria. Sempre deve existir um cirurgião de sobreaviso no dia em que for realizada a biópsia para minimizar os riscos do procedimento.

 As outras complicações mais raras incluem: hemobilia, ascite biliar, derrame pleural biliar, pneumotórax, hemotórax e abscesso subfrênico.

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